maio 31, 2007

Gustav Klimt e as Mulheres em Rede pela Maternidade Ativa

O parto é uma boa hora!

Quando um bebê está pronto para deixar o útero, dá seus sinais e o corpo da mãe começa um trabalho intenso de expulsão da nova vida.
 
Como todo mamífero, a mulher precisa de um local seguro e calmo para relaxar e abrir lentamente o colo de seu útero. O silêncio e a paciência são os principais companheiros da mulher em trabalho de parto.

A força que invade o corpo feminino quando o bebê está descendo, já coroando, é de uma intensidade descomunal. Há um desejo incontrolável de expelir, de expulsar...de morrer.

Sim, a mulher vai morrer. E, o bebê, que vivia imerso e integrado no mundo aquático uterino, também vai morrer lá para renascer aqui, do outro lado.


Ambos precisam entregar-se à morte para renascer em vida.
Nesse momento acontece uma profusão de registros na vida dos seres que nascem. 

A mulher exala amor e emoção. 
Mira o bebê nos olhos, beija-o...

Nasce uma mãe.

O primeiro suspiro de ar, o choque nos pulmões e o choro reativo são suavizados pelo primeiro olhar da mãe, o primeiro toque, o beijo na face, a luz suave, o som da voz, o abraço quente.


Nasce um bebê!

Nada deve atrapalhar os primeiros instantes de vida do bebê e da mãe.
Eles devem ficar o tempo que quiserem ali parados, cansados, ofegantes, recém-nascidos.


Ambos registram ali suas primeiras impressões acerca da vida, que se recriou.

Se não temos memória do estado intra-uterino, das contorções do parto, dos primeiros instantes de vida, nosso corpo e nosso psiquismo têm. Tudo o que se relacionar ao nosso corpo estará impregnado para sempre deste sentimento primordial em relação à vida...nossas experiências de dor e de prazer físicos, nossa capacidade de amar e, até mesmo, nossa morte.

O que é a vida?, perguntam-se mãe e filho, assustados.
A vida é tudo o que se revela ali e a partir dali.


Este começo de vida, repleto de significado, vai colorir os sucessivos ‘começos’ das vidas que se seguem.

Por isso, é preciso respeitar o ritmo natural e o simbolismo transformador do nascimento!
 

É preciso re-significar o nascimento do Brasil, porque há muita violência imposta ao momento do nascimento. São violências desnecessárias, vãs, vis. Milhões de pessoas estão nascendo sob a luz da violência e carregando esta marca por toda a vida.


Para que o mundo tenha paz, é preciso que nossos filhos possam nascer em paz.


E só nós, mulheres e mães, podemos mudar isso!

PARTO EM VÍDEO É UM PROJETO BOA HORA FILMES ® TODOS DIREITOS RESERVADOS